Sentítulo
com a graça de ser respeitável, sujeito que senta; mesa pequena, circular...não comporta tudo de si, mas alguma parte: quinhão particular, posto que obsoleto. Vê com olhos travessos o falastrão que se dispõe em frente, logrando discursos enfáticos sobre o aprisionamento do ser. Culpa Freud incessantemente por essa coisa de não se saber o que diz. É triste de ver longe, mas não percebe que terceiros podem atinar, por isso continua a lançar seus trejeitos formosos em sentenças e vocábulos nunca dantes proferidos; e assim prefere que seja: mesmo que o não entendam, fato observado. Pensa horas e horas no que pode ou não haver e, se haverá ou se houver de ser, quem sabe há ou souber assoviar. Que lhe basta um assobio ou assovio? Ele sabe que tanto faz, mas não refuta quando o moço da frente começa a melodia da pavana de um mendaz. Ah, cala-se quieto, põe-se rude a escrever internamente a melodia em partitura, tal qual grande formosura não lhe impede agora de ser o que se é...
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